Análise do filme Sociedade dos Poetas
Mortos
Sociedade
dos Poetas Mortos é
um filme de gênero dramático estadunidense de 1989 com duração de 128 minutos,
dirigido por Peter Weir (O show de Truman, A Testemunha, Green Card -
Passaporte para o amor) e escrito por Tom Schulman (Querida, Encolhi as
Crianças, O curandeiro da Selva no Brasil, Uma Eleição Muito Atrapalhada)
baseado na obra teatral “O Despertar da Primavera” (1891) do ator e dramaturgo
alemão Frank Wedekind.
Sociedade dos Poetas Mortos ocorre em uma escola preparatória
conservadora fictícia chamada Academia Welton em Vermont no ano de 1959. O
filme começa mostrando o inicio de um novo semestre onde os alunos da escola
fazem um ritual presidido pelo diretor em frente a seus pais, que consiste do
uso de uma vela para invocar os quatro grandes pilares tradicionais da
instituição (tradição, honra, disciplina e excelência), e após esse ritual são
apresentados ao novo professor de inglês John Keating (Robin Williams). Então
pelo resto do tempo tem se foco em torno de alguns alunos (Todd A. Anderson,
Neil Perry, Steven K. C. Meeks Jr., Charlie Dalton, Knox T. Overstreet, Richard
S. Cameron e Gerard J. Pitts) que tem uma coisa em comum além da amizade, seus
pais tem um planejamento para seus futuros que não condiz com oque eles
realmente desejam, e com ajuda não ortodoxa de Keating (que pede a seus alunos
que o chamem de “Capitão! Meu capitão” transcrevendo as regras da escola,
fazendo atividades que vão além das propostas nos livros didáticos e ainda os
revelando sobre sua antiga sociedade secreta sobre poesia a Sociedade dos Poetas Mortos) eles
utilizam as palavras para libertaram os seus sentimentos e serem livres
pensadores.
O filme apresenta temas como a
instigação que os jovens devem ter para poderem pensar por conta própria, sobre
aproveitar a vida (carpem diem) e fazer dela melhor, a contestação dos jovens
com os modelos arcaicos e conservadores da sociedade, e sobre tudo mostra que
não se deve deixar ninguém condicionar sua maneira de pensar. Tais temas e a
maneira como são tratados são úteis para um reflexão, onde se tem em mente a
mudança da maneira de pensar e agir para que possamos tentar alcançar o
bem no nosso dia-a-dia não apenas para com nós mesmos, mas também com o próximo
e com o mundo à nossa volta, onde assim iremos parar de pensar em nossas
futilidades que só visam um bem singular querendo nós provar entre os outros mas
pensaremos em um bem mútuo. Com tais temas apresentados como questões tratadas
nas aulas por Keating, acontece uma clara evolução dos personagens (Neil, por
exemplo, era forçado por seu pai a ser tornar um medico porem com ajuda da
poesia descobre que sua vocação e ser um ator, e Todd que foi o mais resistente
às ideias da Sociedade dos Poetas Mortos encontrou sua vocação como escritor)
que estes por sua vez começam a se comportar de maneira diferente da instituída
pela sociedade conservadora norte-americana dos anos 50, mostrando seus
verdadeiros gostos e vocações e liberando um lado (poético) que nem os mesmo
sabiam que o tinham.
Sociedade dos Poetas Mortos foi vencedor do Oscar na categoria de
melhor roteiro de 1989, vencedor do BAFTA como melhor trilha sonora e melhor
ator, Globo de ouro em quatro categorias e ainda recebeu outros diversos
prêmios e contou com uma ótima avaliação critica recebendo cerca de 80% das
avaliações positivas e recepção pelo publico em geral arrecadando cerca de
$235, 860,116. O filme apresenta um roteiro consistente, ótima trilha sonora
feita pelo compositor Maurice Jarre (Ghost - Do outro lado da vida, Lawrence da
Arábia, Luar sobre Parador) uma ótima fotografia e tem forte recomendação para
qualquer pessoa porem principalmente para aquelas que estão dispostas a uma
reflexão sobre sua vida em geral, pois trata o filme sobre temas universais e
mostra que mesmo contra a vontade alheia e interferências em nossas vidas,
somos capazes de realizar nossos sonhos, amores e ideais.
Com essa resenha queremos demonstrar que com a livre capacidade de pensamento
podemos ir além do que estámos supostamente fadados à ser pelo que o
"mundo quer", por que podemos todos ter futuros brilhantes desde que
refletirmos sobre o nosso próprio ser. Sociedade
dos Poetas Mortos é o filme que exemplifica que nem tudo tem que ser
da maneira que é, podemos descobrir vocação para coisas que consideramos
inusitadas, porem que sentimos prazer por fazer e certamente é oque queremos no
fundo, sem nós preocuparmos com as banalidades sociais que assolam nossos
passos e escolhas em torno de disso e fazer com isso nossas vidas
melhores e ajudar aos outros para que eles também façam o mesmo de suas vidas.